Ficou parado na pandemia e agora quer “recuperar” o tempo perdido?
De volta aos treinos...
Não só atletas, mas diversas pessoas que eram fisicamente ativas foram prejudicadas na sua rotina de treinos em função da pandemia. De tudo tivemos um pouco: quem treinava e deixou de treinar durante a quarentena, quem nunca treinou e se tornou ativo durante a quarentena e, até mesmo, quem conseguiu (quase que milagrosamente) manter a rotina de treino.
Diversos levantamentos têm demonstrado que, com a necessidade de isolamento social em função da pandemia da Covid-19, houve um aumento da inatividade física. Este é um dado preocupante, uma vez que o exercício impacta diretamente na saúde, sendo capaz de modular o nosso metabolismo. Em idosos, por exemplo, 4 semanas de destreino é o suficiente para prejudicar o desempenho físico, ao ser capaz de reduzir a força muscular, a flexibilidade e a sensibilidade à insulina e, ainda, alterar o metabolismo de colesterol.
Para piorar o cenário, o tempo que passamos “fora” do normal foi muito maior do que esperávamos (e muito maior que essas 4 semanas de destreino desse estudo!) e muitas pessoas acabaram “descontando” na comida, aumentando o seu consumo alimentar e, consequentemente, engordando.
Atualmente, muitas pessoas têm se mobilizado e estão resolvendo “tirar o atraso” e voltar “com tudo” para os exercícios, mas afinal, qual o problema disso? A Equipe do La Posture escreveu matérias muito interessantes sobre o tema: clicando aqui você consegue saber o que é necessário para retornar aos treinos de forma segura, sabendo dos perigos envolvidos à sua saúde, e como evitar lesões. Clicando aqui e aqui, você consegue saber um pouquinho do nosso projeto #formigato (um projeto de nome engraçado, mas com profissionais sérios e competentes envolvidos no retorno seguro do Bruno Formiga ao campo de futebol).
A alimentação é uma forte aliada no retorno seguro ao exercício!
Se você foi do grupo que “descontou” na quarentena e engordou, adequando a alimentação será possível você reduzir a sobrecarga nas articulações e ter melhoras metabólicas.
Além disso, a alimentação influencia diretamente no rendimento esportivo: sem os nutrientes necessários você pode não ter energia suficiente para desempenhar a sua melhor performance, pode não ter uma boa recuperação muscular e, com isso, aumentar a chance de se lesionar durante o exercício. De maneira simplista podemos falar que a alimentação fornece o que é necessário ao corpo para otimizar o seu desempenho durante o exercício.
Como deve ser a minha alimentação?
A resposta genérica: “uma alimentação saudável e equilibrada” é real, porém não muito fácil para a grande maioria das pessoas. Isso ocorre em grande parte pelo fato das pessoas considerarem uma alimentação saudável comer “salada, frango e batata doce”. Por favor, não estou falando que esses alimentos não sejam saudáveis. Quero apenas reforçar que essa pode ser apenas UMA das milhares de opções saudáveis de alimentos (não leu as minhas dicas de emagrecimento 1 e 2? Clique aqui e aqui).
Vale a pena destacar que, para promover a mudança de composição corporal, seja ela o aumento de massa muscular ou a diminuição de gordura corporal, a mudança deve ser crônica, ou seja, a alimentação e o exercício devem ser alinhados e sustentados a longo prazo. Desta forma, comer a mesma comida pode-se tornar monótona e, se ainda for um alimento que não gostamos muito, que nos obrigamos a comer “porque é saudável”, dificilmente a adesão será mantida.
Ao retornar aos treinos, devemos nos atentar tanto em qualidade, quanto em quantidade de alimentos que consumimos, pois os nutrientes desempenham um importante papel no nosso metabolismo: eles são responsáveis pela produção de energia, pela síntese de hemoglobina (que é essencial para as trocas respiratórias), pela manutenção da massa magra e da massa óssea, pelo nosso sistema imune etc.
Pensando nisso, estratégias nutricionais podem auxiliar em uma volta mais segura, evitando o desgaste excessivo e lesões: a ingestão de proteína (em quantidade, qualidade e distribuição de dose ideal), por exemplo, tem se mostrado importante na saúde muscular; já a ingestão de gorduras (em quantidade e qualidade) parece ser essencial para o desenvolvimento de inúmeros processos fisiológicos, entre ele, a produção de hormônios anabólicos; enquanto o consumo insuficiente de carboidrato, por sua vez, pode acarretar em fadiga e interrupção do exercício.
Por isso, se você quer retornar ao seu exercício/esporte de forma segura, não deixe a alimentação de lado! Ela é um dos recursos mais eficazes no auxílio da prática esportiva, preparando, protegendo e recuperando o corpo para o exercício.
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https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7450596/